O Ministério da Educação (MEC) formalizou o reconhecimento da residência em Medicina Veterinária com a criação e concessão, a partir deste mês, de 169 bolsas para residentes. A partir de agora, o MEC passa a reconhecer os programas como pós-graduação lato sensu, além de regular e financiar a modalidade. A residência na área de saúde é uma modalidade de pós voltada aos recém-formados, com características de treinamento profissional supervisionado. Trata-se de uma espécie de estágio, em hospital, por tempo integral. Só é obrigatória para alguns campos de trabalho, mas é vista por especialistas de saúde como etapa extremamente importante para a formação.
As novas bolsas são no valor R$ 2.384,82 mensais. Os hospitais ligados a universidade federais receberam essa primeira leva de bolsas, que têm duração de dois anos. Na área veterinária, a residência tem quatro décadas no Brasil. Somente em 2005, com a criação da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS), do MEC, a modalidade foi englobada a outras residências na área de saúde. E só agora, com as bolsas do governo, há uma oficialização e uma diretriz mais definida.
Houve atualização do processo seletivo e orientação dos programas. A carga horária mínima foi fixada em 60 horas semanais - em alguns cursos, era de 48 horas -, com a duração de dois anos. Também houve outras regulamentações, como a abertura para que veterinários não professores possam orientar os residentes.
Até o ano passado, cada instituição construía o seu programa. Apenas o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) mantinha um acompanhamento de qualidade desses cursos, reconhecendo os programas. Dos 170 cursos de Veterinária do País, 60 mantêm cursos de residência (35,3%), mas apenas 21 (35%) têm esse reconhecimento do CFMV. Nos Estados Unidos, por exemplo, todas as escolas do tipo oferecem o programa.
A informação é do jornal O Estado de São Paulo.
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MEC passa a reconhecer residência em Medicina Veterinária
26/04/2012
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