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Carreira: Amor pelos animais não basta para ser um bom médico veterinário

Florianópolis – Aquele amor incondicional por animais indica que a profissão mais adequada é a de médico veterinário, certo? Errado. E é errado porque só o amor pelos animais não basta para a formação completa de um médico veterinário. A medicina veterinária é a ciência que trata dos animais, mas vai muito adiante: ela se dedica à prevenção, ao controle, erradicação e tratamento das doenças, traumatismos ou qualquer outro agravo à saúde dos animais, além da ciência que promove o controle da qualidade dos produtos e subprodutos de origem animal para o consumo humano. "Gostar de animais é um pré-requisito para um bom médico veterinário, mas não é o único. Esse profissional tem um leque de atuação muito extenso que está além da atuação em clínicas ", explica Jorge Luiz Ramella, coordenador científico do 38º Conbravet e professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Por exigência do Ministério da Educação (MEC), todos os cursos de medicina veterinária do país promovem uma formação generalista para o aluno, que deve sair da faculdade com o mínimo de conhecimento em todas as áreas que um médico veterinário pode atuar, principalmente nas suas quatro áreas de atuação principais: Medicina e cirurgia, destinada para os profissionais que querem dedicar-se ao atendimento médico e cirúrgico para animais de pequeno e de grande porte e que seria o médico veterinário "tradicional", atuante em clínicas e hospitais; Inspeção de produtos de origem animal, área em que o médico veterinário é o único profissional capacitado para garantir a qualidade e a segurança de produtos de origem animal - como leite e seus derivados, carnes, ovos e outros comercializados para consumo humano; O profissional ainda pode atuar na medicina veterinária preventiva, que é destinada para aqueles que vão dedicar os seus estudos à pesquisa e à produção de novas vacinas para erradicação de doenças provocadas pelos animais, como leptospirose e hantavirose, área de atuação que é voltada para a saúde pública; E, por fim, na produção, área em que os médicos veterinários trabalham na criação de bovinos para corte, para produção de leite, de aves para corte, suínos, coelhos, ovelhas e caprinos para abate, além da criação de peixes. Futuro para a medicina veterinária no Brasil O futuro da profissão, em todas essas áreas, será debatido entre os dias 1º e 4 de novembro, em Florianópolis, quando dois mil médicos veterinários de todo o Brasil reúnem-se  para discutir sua atuação, principalmente, as áreas de saúde pública, produção de alimentos e sustentabilidade, durante o 38º Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária (Conbravet). O encontro, maior do segmento no Brasil, marca o Ano Mundial da Medicina Veterinária, que faz alusão aos 250º aniversário do ensino da profissão, e serve como marco para as definições de novos posicionamentos e frentes de ação para a área. O evento é uma realização da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária (SBMV) e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc). A programação, com a relação completa de palestras, seminários e cursos, pode ser conferida pela internet pelo www.conbravet2011.com.br - link: Programação. Ele ocorre no Costão do Santinho Resort e as inscrições podem ser feitas no local.

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